O Governador José Serra já está em campanha eleitoral para a presidência da República, e prosseguindo com seu plano estratégico.
Como previsto, os Professores do ensino público estadual, em São Paulo, fazem parte fundamental desse tal plano estratégico, ou seja, estão servindo de bode expiatório mesmo.
Além de tudo o que eu já comentei aqui, como por exemplo as diversas provas a que foram submetidos todo o corpo docente, há um assunto não tratado: a questão dos dois "professores" em sala de aula.
É bom que todos saibam, que esta propaganda, de dois professores em sala de aula, é absurdamente falsa. Vou explicar.
Em 2007 o Governo do Estado foi o responsável pela propositura e aprovação de uma Lei que instituiu o chamado "aluno pesquisador".
Essa Lei prevê um convênio entre algumas instituições de ensino superior, que disponham de faculdades de pedagogia. Através desse convênio, o Estado paga uma bolsa a alunos do curso de pedagogia, desde que prestem serviços à Secretaria de Educação, auxiliando o Professor responsável pela sala de aula.
Porém, de acordo com a legislação, esse "aluno pesquisador" não pode fazer a vez do Professor, não pode permanecer na sala de aula sem a presença do Professor, não pode instruir diretamente os alunos, etc. Ou seja, pode quase nada. Além disso, o Professor titular precisa estar atento às atividades desse "auxiliar", pois essas atividades servirão de "tempo de estágio" para o aluno pesquisador.
Como se percebe, tudo é um grande engano. Não há dois professores na sala de aula. O que há, é um Professor titular que tem mais responsabilidade do que antes, e um auxiliar, que é estudante do curso de pedagogia, muitas vezes sem qualquer experiência com a docência.
E mais, a Lei vale apenas para classes de 1º ano do ensino fundamental.
Escancaradamente, o Governo do Estado de São Paulo age com fraude à Lei Trabalhista e também à própria Constituição Federal, por manter em seus quadros, pessoal não concursado.
Uma última informação: apesar do Governo do Estado pagar às faculdades uma bolsa de 500 reais, um aluno dessa mesma faculdade mas que não tem bolsa, paga 390 reais de mensalidade. Não é estranho??
Essas informações me foram passadas por uma "aluna pesquisadora", que, apesar de ser bolsista, foi cobrada pela faculdade, como se estivesse devedora... Ela, gentilmente, autorizou a divulgação dessas informações, e temos os documentos que comprovam toda essa maracutaia.
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