Neste mês de março o Governo do Estado de São Paulo pagou o famoso "cala-boca" aos Professores da rede pública estadual.
A quantia paga é variável, e imprevisível.
Os Docentes passaram o mês de março inteiro ansiosos, pois não sabiam se receberiam e quanto receberiam.
Por mais que o Estado tente explicar, não são conhecidas as regras para pagamento desse "benefício", pois, na prática, as explicações não correspondem ao que acontece, e muitas unidades escolares ficam sem receber um centavo, embora tenham bons indicadores.
Além de tudo, na mesma unidade escolar tem professores que recebem e tem os que não recebem, em virtude dos professores temporários, chamados de ACTs ou OFAs.
Eu lembrei desse assunto por força do que escrevi agora há pouco, sobre as CONTRIBUIÇÕES SINDICAIS. Porque o Sindicato dos Professores, o APEOESP, é filiado à CUT, a central que mais recebeu contribuição sindical dentre as demais.
E lembrei também, porque o tal sindicato aí mencionado, tem atuação pífia, isto é, não se vê nada de concreto ou de conquistas a favor dos Professores do Estado de São Paulo.
Como se percebe, é preciso que, a exemplo da Lei da Ficha Limpa, a população se movimente e tome a iniciativa de outra Lei, a de flexibilização das relações sindicais, com a extinção da obrigatoriedade de contribuição para não sócios, e ainda com a extinção da unicidade sindical. Além disso, é preciso que neste projeto de Lei, seja prevista a ampla divulgação das contas das entidades sindicais, bem como a devida aplicação dos recursos em capacitação e desenvolvimento do trabalhador.
Finalizando a questão do famigerado "BÔNUS", é preciso que isso acabe, convenhamos.
O Professor não precisa de esmolas, mas sim de um salário dígno, de gente, que possa lecionar com tranquilidade e segurança, que volte a ter e que tenha sempre a autoridade que o cargo exige. Esse bônus é o atestado de vergonha pública, do descaso do homem público com a educação.