É um mundo ingrato mesmo, não?
São milhares de professores de português, de literatura, e são incontáveis os jornalistas e escritores, poetas, etc, que jamais conhecerão uma das nobres (?) figuras pertencentes à Academia Brasileira de Letras.
Como eu me dedico bastante ao tema "educação", me volto aos professores, e agora em especial aos que lecionam e que ensinam a língua portuguesa no nosso país, e que se dedicam ao estudo da literatura. Quero dizer, são personagens anônimos, que nunca serão percebidos, mas que formam ou despertam nos alunos o interesse pela leitura, pela redação.
Ao contrário desses mestres, Ronaldinho Gaúcho, o técnico Wanderley Luxemburgo e a presidente do clube Flamengo, foram homenageados na Academia Brasileira de Letras, no dia do centenário de nascimento do escritor José Lins do Rego, dia 12 de abril.
Desculpem-me, não é preconceito, mas eu duvido bastante que o jogador, o técnico e a tal presidente, tenham lido uma obra do escritor. Duvido que até então tenham sequer mencionado, em suas vidas, o nome do escritor.
Respeito opiniões diversas da minha, mas entendo que a memória de José Lins do Rego pertence ao povo, ao nosso acervo cultural. E sua vida privada não é relevante, neste aspecto. Quero dizer que pouco importa se José Lins do Rego torcia para o Flamengo, e se era fanático por futebol.
Haveria, isso sim, uma homenagem ao craque de futebol, se ele, que dispõe de tanto dinheiro, colaborasse com a tão nobre Academia Brasileira de Letras, na estrutura de uma campanha de leitura das obras do escritor, incluindo a doação de alguns milhões de exemplares de livros às ecolas públicas.
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